04/10/2007 – UM INSTRUMENTO PARA AGILIZAR OS NEGÓCIOS / BR 101-SC: O PERIGO COMO COMPANHIA
VIVENDO A LOGÍSTICA
UM INSTRUMENTO PARA AGILIZAR OS NEGÓCIOS
Nesta edição vamos reproduzir um artigo de minha autoria publicado na Revista SuperHiper em janeiro/1994, tratando de uma visão operacional da Logística: “MOVIMENTAÇÃO & ARMAZENAGEM” como um dos principais instrumentos para agilização dos negócios em vários segmentos, num cenário de crescimento de mercado, bem como um perfil de consumidor mais exigente, que são elementos da estratégia empresarial.
Artigo Revista SuperHiper – Jan/94
J.G. Vantine.
PONTO DE VISTA
BR 101-SC: O PERIGO COMO COMPANHIA
Quem vem acompanhando meus últimos editoriais, verifica que tenho sido um ferrenho combatente da atual política de transportes do Governo Lula, adicionado da revolta como cidadão e dedicado a Logística após 35 anos do descaso pela infra-estrutura do transporte rodoviário, já comprovado por várias pesquisas do segmento e da universidade, enquanto promessas hipócritas recorram rotineiramente saídas dos discursos palanqueiros do Presidente Lula.
Adiciono a este estado de espírito o que constatei há poucos dias viajando de carro no trajeto Florianópolis-Criciúma em Santa Catarina. Era uma tarde chuvosa com bastante neblina e o que seria uma viagem confortável conduzida por um motorista local que me levava ao compromisso de uma aula na UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense acabou sendo um terrível pesadelo por sentir na própria pele os riscos e perigos que passam os motoristas nesta que já foi chamada de “RODOVIA DO MERCOSUL”. Durante quase quatro horas, assisti a um verdadeiro filme de terror, contados por mim mais de 500 veículos por hora, na maioria carretas pesadas, utilizando 3 ou 4 faixas de rolamento (se é que aquilo que pode ser chamado de faixa de rolamento), tendo meu motorista usado a máxima habilidade para escapar dos perigos que para aqueles motoristas talvez nem o sejam, é aquilo ou nada.
Nos quase 300 km não existe sinalização horizontal e nem vertical de qualquer natureza. A construção das pistas sendo feitas de forma absolutamente irregulares como se fosse uma longa colcha de retalhos. Os locais das obras sem nenhuma sinalização, desníveis entre a pista original (?), essa em obra “com depressões” de quase 0,5m. E para completar esse tenebroso quadro, todas, absolutamente todas as máquinas paradas, e não porque estava chovendo, pois no meu retorno no dia seguinte numa manhã de sol, continuavam estáticas, como se abandonadas estivessem numa obra inacabada e não uma obra da envergadura e importância desta que liga o estado de Santa Catarina com Rio Grande do Sul e o Paraná.
Com raras exceções, não vejo políticos e nem empresários se posicionando e quem sabe ao completar 15 anos da cassação do Presidente Collor, estamos no momento vivenciando a integridade e liberdade do STF pelo menos a Procuradoria Geral da República apoiada no seu dever legal, possa recorrer em defesa da cidadania, do interesse público e do interesse econômico, de forma que o Governo Federal através do Ministérios dos Transportes, conduza os investimentos do PAC de forma tecnicamente correta e financeiramente honesta.
J.G. Vantine.