08/11/2006 – DISTRIBUIÇÃO, O NÓ DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS / ÉTICA NA LOGÍSTICA

VIVENDO A LOGÍSTICA

DISTRIBUIÇÃO, O NÓ DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS

Veja que curiosa a afirmativa desta edição do “Vivendo a Logística” (no título). Escrevi artigo com este mesmo título há 15 anos, exatamente no dia 01/10/91, no jornal O Estado de S. Paulo.

Naquele artigo, eu alertava que as empresa industriais deveriam se adequar aos anos 90, voltando o seu foco para a administração da distribuição física, lembrando que não deveriam restringir-se à manufatura, como fizeram até a década de 80.

Chamei a atenção também para o seguinte: “O produto final deve ser colocado à disposição do seu usuário, e isso envolve uma complexa operação de inúmeras ações, cuja harmonia envolve o ciclo SUPRIMENTO/ PRODUÇÃO/ DISTRIBUIÇÃO”.

Embora hoje algumas instituições e muitas pessoas tentem identificar a participação do custo logístico na macroeconomia brasileira (não no custo da empresa), em 1991, após avaliar esta gestão nos EUA e em vários países da Europa, eu já afirmava que a estimativa do custo logístico variava de 18% a 25%.

E, por fim, também para sua reflexão agora em 2006, veja o que eu disse há 15 anos: “Estoques elevados, transporte ineficiente, lead time elástico, nível de serviço baixo, sistema operacional manual, informações lentas, excesso de papel e desconexão funcional retratam de forma geral os modelos de distribuição física em nosso país”.

E EU PERGUNTO, DEPOIS DE 15 ANOS, DA ENXURRADA DE SOFTWARES (ERP, WMS, CMS) e de tentativas frustradas como o ECR: o que mudou?

LINK: DISTRIBUIÇÃO, O NÓ DAS EMPRESAS INDUSTRIAIS

J. G. Vantine

PONTO DE VISTA

ÉTICA NA LOGÍSTICA

Nós brasileiros estamos há cerca de um ano escutando problemas do mensalão, corrupção, compra de voto, uma série de causas que nos levam a uma indignação como cidadão brasileiro e que nós chamamos isso de ética.

Gostaria de tratar com você sobre ÉTICA NA LOGÍSTICA, a cerca de 30 anos quando eu iniciei minha carreira se falava muito em corrupção no meio de transportes. E isso vem ao longo do tempo até mesmo recentemente passo por experiência de clientes da minha empresa sugerirem que eu indique algum gerente de transportes eu curiosamente coloco como talvez uns dos primeiros requerimentos que a pessoaseja honesta, é verdade, porque existe um estigma do passado.

No entanto, o que eu quero dizer sobre ética hoje é um pouco mais profundo, porque nós vemos que além dessa questão histórica nós vemos que muitas empresas passam por cima da legislação de transportes, empresas que hoje já fazem o balanço social, empresas que tem ações da bolsa de Nova York. Portanto deve haver uma coerência, e já que estamos vivendo um momento de reflexão dado tudo isso que acontece lá no Planalto Central em Brasília, nós como brasileiros e agora como profissionais de logística devemos refletir um pouco sobre realmente ou principalmente um embarcador, varejo: AONDE ESTÁ A ÉTICA NA LOGÍSTICA? que não significa apenas corromper pessoas mas principalmente transgredir as leis de transportes especialmente aquela que estabelece o peso máximo para um veículo de carga.

 J.G.Vantine.