VIVENDO A LOGÍSTICA

VANTINE REUNE GRUPO PIONEIRO DA ASLOG NOS SEUS 15 ANOS

 
Para comemorar os 15 anos da Fundação da ASLOG, VANTINE reuniu um grupo de pioneiros que fizeram parte desta história no São Paulo Hilton Hotel em 06 de junho de 1989.
Esta comemoração foi realizada durante um jantar, ontem à noite no Novotel Center Norte, e participaram:

Mário Gorla, Fundador e Presidente da Brasildocks (1o. Operador Logístico do Brasil), grande motivador que patrocinou a festa da Fundação;
Yassuo Imai, Presidente da IMC Internacional, parceiro da organização do Mega Evento LOGISTECH´88, durante o qual foi lançada a semente.
Reinaldo Zietlow, Sócio-Fundador e membro da 1a. Diretoria como Tesoureiro;
Gilberto Miranda, Sócio-Fundador e membro da 1a. Diretoria como Vice-Presidente e 1º Presidente eleito;
Paulo Lima, Sócio-Fundador e membro da 1a. Diretoria como Vice-Presidente;
Geraldo Vianna, Presidente da NTC & Logística, entusiasta da Fundação da ASLOG.

Carlos Mira, ex-Presidente Executivo e atual Presidente do Conselho da ASLOG;
Altamiro Borges, atual Presidente Executivo da ASLOG;
Shirley Simão, Publish da Revista Tecnologística;
Wanderley Gonelli, Publish da LOGWEB;
E alguns amigos, como: Roberto Mira, Claudirceu Marra, Sandra Barbosa e Daniel Vantine.


Todos os presentes destacaram a importância do grupo pioneiro, e em especial o papel do J.G.Vantine, Sócio Nº 1 e Presidente aclamado da Diretoria de Implantação, como responsável pela iniciativa.


PONTO DE VISTA

BRASIL ESTÁ A US$ 80 BILHÕES DOS ESTADOS UNIDOS

Segundo dados do 10º Encontro Nacional com a Soja, organizado pela Sociedade Rural dos Campos Gerais e pela Prefeitura de Ponta Grossa na semana passada, o Brasil precisa de investimentos estimados em US$ 80 bilhões nos próximos dez anos em infra-estrutura de transporte rodoviário, ferroviário e hidroviário para competir em boas condições, principalmente no agribusiness, com países como os Estados Unidos. A produção rural no Brasil é uma das mais competitivas, com o custo mais baixo do mundo em culturas como soja, cana-de-açúcar e café. Mas é na logística da porteira para fora que o país perde em competitividade.

Para começar faltam armazéns graneleiros para que os agricultores possam negociar sua produção de maneira mais espaçada, evitando depreciação de preços por conta da oferta excedente na safra. A melhoria no sistema de armazenamento é condição essencial, na opinião do ex-secretário executivo do Ministério dos Transportes e hoje consultor, Keiji Kanashiro. Ele lembra que a soja armazenada em condições adequadas pode durar mais de um ano e o milho pode ser acondicionado por mais de três anos.

Os custos de comercialização de grãos no Brasil são em média sete vezes maiores do que os dos produtores norte-americanos. Segundo Kanashiro, nas décadas de 60 e 70 o crescimento do PIB esteve muito relacionado com estas questões estruturais, mas o volume de recursos destinados aos serviços de infra-estrutura de transporte recuou muito nos anos 80 e 90. Durante a década de 70 os investimentos em infra-estrutura oscilavam em torno de 1,8% do PIB. Já no final da década seguinte e no início dos anos 90 ,os investimentos em infra-estrutura oscilaram na média em 0,2% do PIB. “Um dos principais motivos desta redução foi a falta de receita vinculada garantida. O ideal seria investir uma montanha de dinheiro, que infelizmente o País não tem”, afirma.

No Brasil, existem apenas 4 metros de ferrovia por quilômetro quadrado, enquanto nos Estados Unidos, México, Argentina e Japão a média oscila entre 25 e 35 quilômetros. “Na França, são 59 quilômetros por quilômetro quadrado”, afirma Kanashiro.


A precariedade da malha logística brasileira também foi a principal preocupação das 350 empresas que participaram da 10ª Intermodal South América, realizada na semana passada em São Paulo. “As exportações atingiram 15% do PIB e tornaram ainda mais urgentes os investimentos em intra-estrutura”, disse o diretor do evento, Martin von Simson.

Segundo a AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), o transporte representa de 20% a 35% do custo dos produtos brasileiros comprados por outros países. Outro número impressionante: há 3614 atos de legislação regulamentando as exportações brasileiras em 18 ministérios e órgãos governamentais do país. Não é à toa que o Brasil está em 37° lugar no ranking da competitividade mundial.

A boa notícia é que a viagem presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China fechou, além dos contratos de investimento em infra-estrutura – incluindo ferrovias -, acordos para troca de informações sobre a evolução das operações de transporte e logística entre organizações dos dois países. A Universidade Internacional de Economia e Negócios já participa deste intercâmbio. Esperamos que seja apenas o começo da reação brasileira frente às vastas oportunidades que se abrem.

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