VIVENDO A LOGÍSTICA

EVENTOS QUE MARCARAM A LOGÍSTICA EM 87

Nas últimas edições do VANTINEWS, contamos um pouco da situação política e suas conseqüências sobre o plano econômico do ano de 1987. Falamos também de dois eventos que contaram com a participação daVANTINE, que focalizaram a Criatividade como arma a ser desenvolvida e utilizada num contexto de incertezas.

No mesmo ano, outros três eventos pioneiros marcaram o cenário da incipiente Logística brasileira. Já no primeiro semestre, em São Paulo, nos dias 13 e 14 de maio, promovido pelo Instituto Mauá de Tecnologia ocorreu o seminário “Perspectivas para os Transportes, pelo Ponto de Vista da Indústria e do Comércio”, O evento era parte da grade de Cursos Extracurriculares de Engenharia e Administração, deste instituto. O programa do CET (Curso de Especialização em Transportes), no qual J. G. Vantine foi um dos professores, tratou de temas como: evolução da movimentação de bens, evolução da oferta e dos custos de transportes, cenários prováveis para curto e médio prazo, estratégias possíveis e suas conseqüências e também, a arte do planejamento logístico.

Em agosto de 87, no IV ERAMEncontro Regional de Administração de Material, em Florianópolis (SC), evento promovido pelaAssociação Brasileira de Administração de Material, J. G. Vantine ministrou palestra com o tema “Otimização e Modulação de Embalagem Sistêmica”. sendo abordadas técnicas de movimentação de materiais aplicadas nas empresas, difundindo o conceito básico no processo operacional, pouco utilizado, e buscando maior integração entre os profissionais do setor.

O assunto Exportação já não é novo. No seminário, intitulado “Comércio Exterior para um Brasil Incerto”, nos dias 24 e 25 de agosto, em São Paulo, J. G. Vantine expôs o tema “Logística e Transporte Internacional”. O objetivo do seminário era analisar, dentro dos procedimentos de rotina, quais os requisitos exigidos por lei e seus reflexos no desenvolvimento de negociações com países estrangeiros. Ainda era preciso questionar a validade dos incentivos oferecidos à exportação e procurar formas de obter melhores resultados neste campo.

A VANTINE, representada por seu fundador, J. G. Vantine, sempre valorizou e batalhou pelo pioneirismo, atualização permanente e soluções novas para velhos problemas, num ambiente em que a Logística procurava se estruturar, visando sua consolidação no Brasil. É com esta experiência e espírito de vanguarda que a VANTINE construiu sua história, e continua trilhando o caminho do sucesso.


PONTO DE VISTA

NOVO MANDATO PODE TRAZER

Em época de eleições municipais é comum nos lembrarmos dos problemas que costumamos enfrentar no cotidiano da cidade. Atuando ou não em Transportes, todos os paulistanos sensíveis ao assunto trânsito, ou melhor, congestionamentos. Neste contexto, a distribuição urbana merece atenção redobrada por parte dos especialistas e empresários do setor. Isto por ser uma das questões de maior impacto sobre a economia, qualidade de vida e meio ambiente de São Paulo, motivo de conflitos entre os transportadores, os operadores logísticos, os moradores, todos prejudicados pelos engarrafamentos fenomenais e obrigados a conviver com a poluição atmosférica e sonora e a área de administração pública, que tem a função de regulamentar o setor sem prejudicar as atividades dependentes destas operações.

São Paulo tem 15 mil km de ruas e avenidas, por onde passam diariamente 200 mil caminhões e 5,3 milhões de veículos leves. Os 10 milhões de habitantes fazem, por dia, 30 milhões de viagens, cujos roteiros envolvem, em sua maioria, a rede estrutural da cidade, que soma 3 mil km de vias. Esta é, também, a rota dos caminhões.

Para o novo mandato, a equipe do prefeito eleito José Serra (PSDB), se comprometeu, no plano de governo anunciado em sua campanha, a fazer mudanças no transporte de cargas da cidade, o que inclui autorização para que caminhões maiores circulem em bairros centrais, onde há restrições. Na avaliação da VANTINE, esta medida nada ajudará a resolver estes entraves, e sim, aumentará o caos em que São Paulo já vive.

O grande problema não é o espaço que o caminhão ocupa nas ruas, mas sim a falta de áreas para que estes veículos sejam estacionados, para que façam a distribuição das mercadorias. A VANTINE é virtualmente contra este plano e enxerga, como solução, a criação de pequenos Centros de Distribuição Urbana. Estes CDUs devem ser estrategicamente localizados, de forma a poderem atender o pequeno varejo de um determinado polígono.

A idéia é que os CDUs sejam abastecidos durante a noite, horário em que os caminhões podem circular com maior facilidade entre as vias, livres do habitual tráfego de veículos; durante o dia, horário de funcionamento dos pequenos estabelecimentos de varejo, as mercadorias cheguem por motoqueiros ou simples entregadores.

Com estas diretrizes, a distribuição urbana não seria restringida e o caos do trânsito paulistano seria minimizado, cumprindo o abastecimento do pequeno varejo. Esta é a avaliação da VANTINE, que destaca, novamente, sua posição não simplesmente contra a implementação do plano do novo prefeito, mas a favor de uma cidade mais humana e racional,conforme o brasão da paulicéia:
” Por Una Libera Pactria Pugnavi”.

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