VIVENDO A LOGÍSTICA

O PAIS DO CAMINHÃO NÃO TEM RODOVIAS

Há cerca de 3 anos, o Presidente da NTC & Logística, Dr. Geraldo Viana, em um de seus famosos e consistentes discursos, cunhou um slogan APAGÃO LOGÍSTICO – para definir o estado precário das rodovias brasileiras. E esta idéia se propagou até os dias de hoje, tanto na esfera de governo, quando nas empresas privadas, sendo largamente utilizada pela imprensa. Sem querer minorar a importância dessa constatação e nem mesmo da feliz definição do Presidente da NTC & Logística, mas para efeito de registro da HISTÓRIA DA LOGISTICA, ressalto que publiquei um artigo no jornal O Estado de S. Paulo (dia 03/09/91) com o título O PAÍS DO CAMINHÃO NÃO TEM RODOVIAS.

Na verdade o que mais chama a atenção é que nada aconteceu ao longo de todo esse tempo, o que comprova que o BRASIL não dispõe de POLÍTICA DE ESTADO,mas sim de POLÍTICA DE GOVERNO, no que se refere à infra-estrutura de transporte em geral, e em particular o modal rodoviário. E Política de Governo está atrelada à vontade do Presidente da República e do seu partido.

O passado não volta, o que quero é que está história de , a que me reportei no meu artigo em 1991, contribua para a mais profunda reflexão de profissionais, empresas e entidades de governo, para que o atual PNLT – Plano Nacional de Logística e Transporte, em fase final de gestação, represente a necessidade do País.

Matéria: O PAÍS DO CAMINHÃO NÃO TEM RODOVIAS

J.G. VANTINE


PONTO DE VISTA

PORTO DE SANTOS: LISTA DE QUEIXAS

O PORTO DE SANTOS sempre é tema polêmico,porque é um porto de grande magnitude, talvez dos mais importantes da costa leste das Américas; no entanto estão sempre nas pautas as reclamações.

Em uma publicação numa revista especializada em Logística e comércio exterior deste mês de outubro, um executivo de uma companhia de navegação diz: “O acesso aquaviário nos deixa insatisfeitos, porque, por falta de dragagem, está limitado a 12 metros, mas o plano de desenvolvimento do porto previa 14 metros”sempre a mesma polêmica que nós já tratamos aqui. A dragagem do canal permite o aporte dos navios de 50 mil toneladas de porte bruto. De outro lado, temos outro executivo que diz o seguinte: “Movimentar nos Portos do Sul pode representar uma economia de até 20% sobre Santos”. São duas empresas de navegação internacionais das maiores do mundo, entre a segunda e a terceira do mundo em movimentação de contêineres.

Há ainda um terceiro aspecto a considerar. É um ponto muito importante: não é só o acesso aquaviário que apresenta dificuldades; há também o acesso rodoviário,pela Rodovia dos Imigrantes, pela Rodovia Anchieta, integradas ao sistema viário do município de Santos, com conexão em Cubatão de um lado e com o Guarujá do outro.Na verdade, o acesso ao terminal é que é importante, porque lá está o navio; é lá que tem de chegar nossa carga. Portanto, contêiner cada vez mais utilizado até mesmo para granéis de maior valor agregado tem de chegar no ponto onde o navio está atracado, ao terminal de contêiner, para chegar no terminal; e aí há uma observação final que eu quero deixar registrada, de um desses executivos, que diz: “QUE CADA VEZ MAIS QUEREM COLOCAR MAIS CONTÊINER POR M2”REFLITA!

J. G. Vantine