13/10/2004 – TECNOLOGIA DA LOGÍSTICA NO VELHO CONTINENTE / CAMINHÕES SOB MEDIDA
VIVENDO A LOGÍSTICA
Tecnologia da Logística no Velho ContinentePara ilustrar ainda mais o cenário da Logística de 1986, ano de nascimento da VANTINE, procurei resgatar o depoimento de outro colega que estava presente na viagem que fiz à Europa, em busca de conhecimento, da qual temos tratado nas últimas edições doVANTINEWS. Este profissional é Sérgio Kano, atual diretor presidente do Terminal de Contêineres (TECON) do Porto de Suape (PE), que à época era gerente industrial da Hering Nordeste. Sérgio conta mais detalhes com suas próprias palavras: “Naquele tempo, pouco se falava sobre Logística no Brasil. Na verdade, com a retrógrada Lei da Informática, estabelecida sob o pretexto de proteger o mercado nacional e vigente naquele ano, este era um mundo proibido. O país vivia alheio à tecnologia e à informação, e tínhamos que buscar outras fontes de conhecimento. A iniciativa de viajar e visitar uma feira internacional de Movimentação e Armazenagem, em Paris, foi uma enriquecedora oportunidade de conhecer o que se falava sobre movimentação de materiais e ver, ao mesmo tempo, o quanto precisávamos avançar em busca de tecnologia. No Brasil de dezoito anos atrás, todo o procedimento de estocagem, armazenagem e administração de materiais era manual. Enquanto isso, na Europa, já se utilizava o mais moderno em equipamentos e sistemas de controle. Além de conferir de perto as novidades da tecnologia da Logística, nesta viagem pude conhecer pessoalmente o Vantine, profissional de excelente gabarito no setor, ao qual já havia assistido em cursos, palestras e eventos. Nossa convivência me proporcionou inúmeras lições sobre Logística e seus desdobramentos, as quais carrego até hoje. Durante aqueles dias, tive a chance de aprender com o melhor profissional de Logística, que é o Vantine. No contexto embrionário da Logística na década de 80, a visão do Vantine foi sempre precursora. Seu modo de enxergar o ciclo do processo logístico é abrangente, complexa e completa, e isto é evidente nos projetos desenvolvidos por ele e sua equipe.
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Desde o início, esta postura de vanguarda foi um diferencial em sua carreira, e essa é a cara da VANTINE“. |
As palavras do estimado Sérgio expressam o espírito de pioneirismo e competência daVANTINE, sempre em busca da informação e do conhecimento. |
PONTO DE VISTA
Caminhões sob medida
Recentemente, o setor de transporte rodoviário, incluindo alguns embarcadores e a indústria automobilística, vem dando ênfase especial para o que tem sido denominado“customização veicular”. Este conceito evidencia uma grande revolução a partir do entendimento de que um novo patamar de operação logística deve ser alcançado e através dele, melhores resultados de lucratividade a partir da competitividade. Afinal, o caminhão interage com o produto, com a embalagem, com o palete, com a doca de embarque e desembarque, com o pátio de fábricas e depósitos, etc.
Por outro lado, existe a Legislação de Tráfego e Trânsito, cujo item mais conhecido é a “Lei da Balança”, que embora desatualizada, é a vigente.
No LOGISPOINT (Clube da Logística, criado e promovido pela VANTINE) de 1997, apresentei pela primeira vez, como “tendência da logística”, exatamente a especialização de frota, o segmento operacional e canais de distribuição.
O melhor exemplo de projeto nesta área, executado pela VANTINE, foi a criação do VCA– Veículo Cervejeiro AMBEV, visando a maximização da carga útil transportada. Através deste projeto, gerado pela fusão da engenharia logística e da engenharia de veículos, conseguimos aumentar de 22 para 26 paletes de bebida por viagem, tudo isto dentro das leis de Tráfego e Trânsito. O plano de customização foi implementado em parceria com a LUFT LOGISTICS, que a ele adicionou sua larga competência e experiência nesta área, incorporando inovações.
O VCA trouxe otimização de espaço, e, com isso, economia
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Portanto, a customização de veículo de transporte envolve operações muito mais complexas do que simples adaptações. É baseada em sistemas logísticos nos quais o veículo não é apenas um elemento de transporte, e sim, uma interface.