18/08/2005 – SISTEMA LOGÍSTICO / A QUEM SERVE AS FERROVIAS…
VIVENDO A LOGÍSTICA
SISTEMA LOGÍSTICO
Maior eficiência e custos menores , por outro lado, acabam beneficiando a performance da empresa . Do ponto de vista mercadológico,o sistema logístico funciona como um verdadeiro campo de batalhas na conquista do consumidor. Uma estratégia eficiente de distribuição que garanta a presença do produto final no local, data e quantidade adequada, pode, portanto, ser uma arma indispensável. Um mercado não atendido ou atendido em condições precárias é um convite ao desenvolvimento da concorrência . No entanto, a atenção contínua e estável às necessidades do consumidor só tende a beneficiar a imagem do produto e do produtor. De outro lado, ao permitir o aumento da margem de lucros sem alterar o nível dos preços finais, o projeto se transforma em mais um gol contra a concorrência. É conhecido que a escala de preços utilizada em cada empresa afeta a decisão de compra em relação a características, quantidade, meios de aquisição e recebimento do item desejado.
LONGO PRAZO
Em longo prazo, um sistema de logística integrada pode funcionar como elemento de proteção contra as incertezas – que envolvem desde o nível de procura para determinado item até a existência de mercados para toda a linha de produtos da empresa.
Algumas companhias européias por sinal, integraram todas as suas atividades logísticas, visando a redução de custos e ganhos de produtividade no decorrer dos anos. Nesse caso, o projeto deve ser dotado de três características adicionais:
Sensibilidade : onde se calcula características operacionais, custos e investimentos necessários sob uma variedade de pressupostos. Tais testes fornecem uma estimativa do impacto de mudanças futuras.
Análise de Série Temporal : nesse caso, a análise recai sobre a evolução do sistema de distribuição através do tempo e sob vários conjuntos e condições.
Flexibilidade : um plano rígido pode oferecer maiores oportunidades econômicas em condições esperadas. Um plano flexível, porém, tem maiores condições de se adaptar às variações do mercado.
Continuamos na próxima edição!
PONTO DE VISTA
A QUEM SERVE AS FERROVIAS…
O transporte é um assunto fundamental para circulação de bens de acordo com a economia de determinada região, as utilizações dos modais (aéreo, marítimo, ferroviário, rodoviário) são diferentes.
A Infra-Estrutura de transporte é um assunto estratégico relevante, dada a sua importância, sua dimensão e os elevados investimentos que requer.
O Investimento na Infra-Estrutura requer longo prazo de amortização e dependendo da forma de financiamento necessita de paciência, o que o investidor nem sempre tem.
O desenvolvimento das ferrovias brasileiras ao longo da história contou com empreendimentos de natureza diversas, em muitos casos beirando à aventura. Em conseqüência disso, nos últimos 150 anos as ferrovias foram construídas, reformadas, desmanteladas, adaptadas e até estatizadas e privatizadas.
E agora o que temos…
Uma malha insuficiente , equipamentos e implementos em quantidade também insuficiente, cuja indústria brasileira não consegue responder com a rapidez que todos esperam. “O cobertor é curto”.
As circunstâncias adversas refletem na oferta de transporte e nos fretes . Além de tudo o usuário potencial não tem oportunidades ter a visão estratégica de serviços das ferrovias. Que por sua vez ainda sentem dificuldades de atender as demandas das commodities que interessam aos seus controladores.
Um verdadeiro “efeito dominó” : a ferrovia espera por seus controladores e pelo Estado. O Estado espera pelo tempo, as controladoras esperam pelos lucros. O usuário potencial espera por todos, enquanto coloca mais caminhões nas estradas, que também tem limitações e problemas. Acorda Brasil!.
C.B.MARRA