VIVENDO A LOGÍSTICA

1981 – SISTEMATIZANDO O ABASTECIMENTO MECANIZADO DE HIPER E SUPERMERCADOS

vivendo_logistica1Não precisamos retroceder ao tempo desta foto, primeira metade do século XX, para saber que tradicionalmente as operações eram, basicamente, manuais, quase artesanais. Isto durou de forma geral, com pouquíssima evolução até os anos 70. Após este período as empresas começaram a aplicar outras técnicas que prevaleceram como conhece-mos atualmente.

Muito esforço mental e suor foram despendidos nesta evolução. Comparando com a armazenagem, a mecanização no transporte foi mais lenta e em muitos casos ainda não é aplicada por conta do máximo aproveitamento volumétrico do veículo, às vezes com sobrepeso.

vivendo_logistica2Na área urbana, as dificuldades de trânsito já se ampliavam nesta época, quando foram criados os primeiros calçadões – ruas sem tráfego de veículos – que começaram a “empurrar o tráfego” para outras vias. O veículo de carga foi visto como obstáculo à mobilidade de pessoas, e gradativamente foi sendo afastado das áreas centrais. Atualmente a circulação de carretas na área urbana é bastante restrita, em vias e áreas provocando uma mudança de práticas nestas operações.

vivendo_logistica3No final dos anos 70 as empresas de varejo já haviam se dado conta, por experiência, das dificuldades de se efetuar entregas em lojas de diversos formatos. Muitas tinham o abastecimento por corredores estreitos e passagens laterais para chegar do caminhão até o estoque. O manuseio ainda era excessivo e até pitoresco, conforme indica esta imagem.

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O desafio da mecanização era enorme. A base da mudança foram carrinhos especiais denominados rolltainers, já utilizados na Europa, além dos paletes que contribuíam na racionalização do carregamento e do descarregamento quando as lojas possuíam docas, o que era raro. Paletes já eram utilizados, mas cada empresa detinha os seus com características e dimensões próprias, não permitindo intercâmbio. Voltando ao assunto da utilização de rolltainers na operação de distribuição física, o segundo passo foi padronizar caixas plásticas para conter produtos menores (Bazar, Mercearia, Frios, Carnes, Frutas, Legumes e Verduras). Dependendo do destino da carga, estas caixas podiam ser utilizadas sobre palete ou dentro de rolltainer.

Quando a quantidade de volumes era maior, a carga instável ou irregular passou a ser utilizado, o rack aramado, denominado palletainer, por seu fabricante pioneiro. Aí voltamos ao caminhão:

vivendo_logistica5Carrocerias tipo baú, equipado com plataforma hidráulica paleteiras manuais, vieram compor o quadro de recursos e ferramentas operacionais para aumentar a produtividade com menor esforço. A mudança pode ter parecido imperceptível por muitas pessoas, mas não para os técnicos e operadores. Foi a implantação de uma nova era tecnológica que, com melhorias, já perdura há uma geração.

C.B. MARRA
Vantine Logistics Solutions


PONTO DE VISTA

JUST IN TIME E MRP NO CONTROLE DE ESTOQUE

A técnica de gestão Just in Time tem merecido, recentemente, grande destaque em todo o mundo, tendo em vista a grande necessidade de redução de custos como vantagem competitiva.

Muitos ainda imaginam que o sistema só se adapta a cultura japonesa, mas, hoje, muitos gerentes e acadêmicos, principalmente, que nela apostaram, já se convenceram de que a filosofia é composta de práticas gerenciais que podem ser aplicadas em qualquer parte do mundo e em qualquer empresa. O sistema ataca as perdas de uma maneira geral, ataca o tempo de espera no suprimento, considera as preparações, métodos, ferramentas tamanho dos lotes, movimentação de materiais, procedimentos e muitas outras áreas para aumentar o fluxo de material pela produção e, com isto, mostra que o objetivo fundamental é a melhoria contínua do processo produtivo.

Hoje vive-se uma economia globalizada, a qual vem produzindo significativas mudanças na forma de condução dos negócios. A manutenção das margens de lucro em um ambiente de decisões complexas e, ao mesmo tempo, de respostas rápidas às demandas do mercado, tem sido o grande desafio dos negócios atualmente. Se, por um lado, a manutenção de grandes quantidades de estoque tem sido proibitiva, por outro, mudanças de última hora nos programas de produção podem levar a queda na qualidade do produto e significativos aumentos nos custos de produção.

Vem desse cenário a necessidade cada vez mais freqüente de reciclar e buscar por novas técnicas, novas tendências. Vamos buscá-las.

DANIEL VANTINE
Vantine Logistics Solutions

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