VIVENDO A LOGÍSTICA

1988: COMEÇA A NASCER O PBR

Continuação do artigo da edição anterior“Palete: a solução racional”.


Referindo-me agora, ao artigo publicado neste jornal, no último dia 19, de autoria do Sr. Ernesto Pichier, verifico ter sido lançada uma dúvida onde já tem certeza: A solução racional para o Palete Circulante no Brasil é o de dimensão de 1.000 x 1.200. E esta é a conclusão efetiva após longa pesquisa, consolidada no 14º Encontro de Operadores e Fornecedores de Supermercados, no mês passado, promovida pela ABRAS Associação Brasileira dos Supermercados, de cuja entidade sou o coordenador de Logística, e na qual, criamos um grupo de trabalho que está aprofundando o estudo, dele fazendo parte representantes de empresas que pertencem ao sistema de distribuição e abastecimento. Esse estudo, em desenvolvimento, está calcado em princípios práticos técnicos e científicos, e dividido em 4 fases irá contemplar definições amplas e completas, por exemplo:

-Configuração geométrica (faces, entradas e componentes);

– Resistências e durabilidade;

-Adequabilidade e integração sistêmica aos meios e métodos de movimentação, armazenagem e transporte;

– Fixação das partes;

-Tipos de madeiras a serem empregadas;

-Planejamento de implantação e uso, inclusive com prospecção de consumo de madeiras naturais e planos de reflorestamento para uso específico.

Como o leitor pode observar ao contrário do mencionado pelo Sr. Pichier, não temos visão imediatista, e não são apenas meia dúzia de empresas que usam o palete 1000 x 1200. Ao longo de 15 anos não vi em nosso país, trabalho mais sério e mais profundo que esse em desenvolvimento no Departamento de Logística da ABRAS, entidade que congrega empresas fornecedoras (produtores) e distribuidoras (Supermercados) que em conjunto hoje possuem cerca de 1,5 milhões de paletes (1000 x 1200) e possuem suas centrais de distribuição e métodos de operação adequadas a esse palete.

Por final, e para que dúvidas não persistam, o estudo a que me referi virá acompanhado de profundas análises econômicas e respaldado por testes e ensaios, o que evidenciará que o estudo da ANSI – American National Standards Institute,de 1980, no qual se baseou o Sr. Pichier, pode não ser a verdade absoluta para as necessidades brasileiras. Aliás, como título de informação ao leitor, estimamos que a mudança do palete nos dias de hoje, para as empresas que utilizam o palete 1000 x 1200, custaria algo em torno de 8 bilhões de cruzados. É a dúvida que se transforma em certeza: PALETE A SOLUÇÃO RACIONAL É 1000 X 1200.


PONTO DE VISTA

Nesta edição do VANTINEWS, iremos retratar a matéria “Mapfre ganha a conta do grupo transportador Luft”publicada no jornal Gazeta Mercantil, edição de 22/12/2004.


Para participar da concorrência do programa de seguros, o Grupo LUFTchamou três seguradoras. A grande vencedora foi a Mapfre Seguros, uma das maiores operadoras da área de logística em toda a América Latina. O programa trata-se de uma conta anual de seguro de R$ 10 milhões em prêmios, com apólices que vão desde transporte, armazéns, distribuição, responsabilidade civil e bens patrimoniais. Segundo Luciano Luft, a Mapfre foi a que ofereceu a melhor condição financeira e também se mostrou a empresa mais flexível na criação de novos produtos.

De acordo com o presidente da Mapfre Seguros, Antônio Cássio dos Santos, essa parceria tem como objetivo agregar mais valor à cadeia de suprimentos logísticos de cargas de alto risco e garantirá proteção às sete empresas de logística especializadas por cadeias de abastecimento que atualmente compõem o grupo.

O grande apelo deste contrato para a Mapfre, além do cliente em si, é ampliar a oferta de seguros para os clientes da Luft. Já para a Luft, ofertar seguro para os seus clientes – muitas vezes recusados pelas seguradoras por operarem com cargas visadas – a um preço mais acessível é uma estratégia para se diferenciar da concorrência.

Todos os distribuidores dos produtos transportados pela Luft poderão se beneficiar das condições preferenciais que a Mapfre deu à transportadora.Antônio Cássio dos Santos disse que o desconto pode chegar até 40%, pois eles conhecem a forma como a empresa de transporte atua e seus investimentos em gerenciamento de risco.

A transportadora atua em nichos de alto risco, que exigem um forte gerenciamento de risco em razão das cargas serem as preferidas de quadrilhas de roubo especializadas. Os clientes da Luft atuam nos principais segmentos do mercado, como agronegócios, cosméticos, e-commerce, entregas expressas, farmacêuticas, “fast food”, líquido, gases, combustíveis, médico hospitalar, mercado de eletrônicos, rede de lojas de vestuário e calçados. Os mais visados são defensivos agrícolas, farmacêutica, combustíveis e entretenimento, como DVD e CD.

O contrato entre a Mapfre e a Luft foi negociado para um período de 3 anos. O presidente da Mapfre acredita que esse prazo foi estabelecido de forma a possibilitar os investimentos necessários na formatação rentável de toda a carteira, inclusive dos clientes da Luft.

O Sistema Mapfre é um dos maiores conglomerados do setor de seguros e um dos principais investidores do ramo na Europa e América Latina, sendo líder absoluto do segmento na Espanha, país sede da corporação.

IMAGEM