VIVENDO A LOGÍSTICA

1978 A 83 – VESTUÁRIO – TRANSPORTE DE ROUPAS EM CABIDES

O crescimento e desenvolvimento da empresa na área de vestuário foram importantes para a imagem do grupo e trouxe novos desafios. Para reforçar sua posição nesta área, bastante concorrida, além de criar a loja com a marca SANDIZ, o grupo promoveu alterações em sua política mercadológica que resultou em maior volume de confecções sendo distribuídas pelo Centro de Distribuição.

Um dos esforços marcantes foi a de se aplicar o transporte em cabides das peças, cuja característica e condição de exposição nas lojas, poderiam reduzir a movimentação e operações intermediárias como a de passadoria (área com a atividade de preparar as roupas para exposição).

Os esforços de transbordo para uma operação de transit point (cá para nós, estava mais para redespacho do que para cross docking), incluindo controle do processo e tempo de preparação de carga e carregamento dos caminhões. Dado ao volume de transferência para as lojas, por lote de entrega, verificou que seria técnica e operacionalmente viável utilizar caminhões “Romeu e Julieta” neste abastecimento atendendo a todo o processo desde que o carre-gamento e descarregamento fossem ágeis. Neste contexto estudamos a possibilidade de organizar a distribuição destes produtos em três condições diferentes, sendo em caixas (baú) de madeira, saco-malote e cabides.

O sistema cabideiro era classicamente conhecido como Rapid Raill, apesar de ser marca, e proporcionava máxima agilidade no processo atendendo todas as condições estabelecidas para o mesmo. Para implantação do projeto foi necessário desenvolvermos um “piloto” A organização do sistema dependia de volume para justificar a quantidade de veículos para atender a todas as lojas, além de se considerar o custo unitário que o sistema iria acrescentar.

Por não se considerar o principio do Custo Total e de trade off, conceitos de logística só muito mais tarde aplicados no Brasil, o projeto foi descontinuado. Posso afirmar que se perdeu uma grande oportunidade de inovação, e racio-nalização de processo, pois mais tarde sistemas semelhantes e aperfeiçoados foram implantados nos concorrentes da época como C&A, Riachuelo e Pernambucanas, incluindo caixas e caminhões para transporte de vestuário em cabides.

Hoje decisão semelhante seria imperdoável. Os profissionais de logística devem conhecer e ser capaz de identificar a potencial utilidade do maior número possível de soluções em logística para seu negócio, aprofundando nos temas que estiverem mais relacionados com suas atividades profissionais. Parece jogo de palavras ou trocadilhos, redun-dância, mas não canso de referir que “Conceito é Fundamental”.

Os conceitos, por natureza, são essenciais, sendo eles que podem nos despertar para as oportunidades que batem à nossa porta.

C.B. MARRA
Vantine Logistics Solutions


PONTO DE VISTA

LEI DA ENTREGA, 13.747/09

Com mais de 70 empresas autuadas pelo PROCON – SP, veja as empresas, a LEI DA ENTREGA, 13.747/09 de 07 outubro de 2009. Vamos combinar que não se trata de uma lei que visa estipular horário para entrega, o que ela visa é fazer com que haja comprometimento entre o que se diz (se promete) e o que se faz (realiza, quando realiza).

Aos desavisados, a Lei da Entrega é realidade, e hoje além do Estado de São Paulo, o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul já adotaram também uma Lei. E preparem-se, a depender do Deputado Federal do DEM, Eli Correa Filho, vai ser real para todo pais, pois assim, segundo eles, todos ganham.

Lembrando: A Lei da Entrega, obriga que os estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços ofereçam ao consumidor a possibilidade de agendar a data e o turno da entrega. O descumprimento, multas que variam de R$212,81 a R$3.192.000,00.

A lei esta em vigor cerca de 20 meses, e pensar em ADEQUAÇÃO nesta altura do campeonato, é chutar quatro pênaltis e errar. Aos despreparados, o que tinha a ser feito, se não fez, já era. O e-commerce tem crescido cerca de 30 a 40%, e quem estiver disposto e querendo continuar no campeonato vai ter que suar muito. Aos preparados, ADERÊNCIA das informações é o que vale.

Alertamos anteriormente, que nós, os “Logísticos”, seriamos os responsáveis / culpados pelo não sucesso (ou o fracasso) da Lei da Entrega.

Uma Logística eficaz se faz com processos adequados, se não sabe como fazer, Pergunte-nos Como?

Já abordamos este tema em outras edições. Vale a pena conferir:

Edição 259
Edição 267
Edição 277

Edição 301

SANDRA BARBOSA
Vantine Logistics Solutions

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