11/03/2011 – 1977 – PROJETO FUNCIONAL DE ARMAZÉM DE BAZAR (NÃO-ALIMENTÍCIOS), PORTARIA E ACESSO À PLANTA. / “AGROLOGÍSTICA: A SAFRA SOFRE”
VIVENDO A LOGÍSTICA
1977 – PROJETO FUNCIONAL DE ARMAZÉM DE BAZAR (NÃO-ALIMENTÍCIOS), PORTARIA E ACESSO À PLANTA.
A primeira oportunidade de participar da ampliação de instalações em uma planta ocorreu neste ano de 77. Foi evidenciada a necessidade de se respeitar as características das construções existentes, considerando também outros fatores técnicos e legais como ocupação de terreno e máxima disponibilidade de espaço (m³).
As áreas indicadas em azul já existiam e eram ocupadas conforme quadro, exceto a área 2 que também era ocupada pelos setores de Bazar e Utilidades. A área 4 estava disponível; a Portaria (área 6) era muito bonita, quanto à forma, mas precária quanto à função. O acesso, representado pela pequena linha tracejada, ocupava a propriedade vizinha .
A primeira fase do projeto consistiu em ampliar o espaço de armazenagem com a construção do “Bloco D” ocupando esta área 4. No estudo preliminar de processo operacional e volume de estocagem necessário definimos pela concentração dos setores de Bazar e Utilidades.
Após o dimensionamento de volume de estoque e de movimentação diária foram criadas três alternativas, sendo duas convencionais e uma futurista com a utilização de transelevadores. A empresa que apresentou proposta foi a italiana FATA.
As características de volume dos produtos e o comprimento da área disponível não favoreciam a implantação deste tipo de solução, razão pela qual desenvolvemos as outras alternativas para utilização de estruturas metálicas e equipamentos convencionais (prateleira de madeira e as “gaiolas”). Do ponto de vista econômico-financeiro, as estruturas metálicas requeriam maior investimento, razão pela qual ficamos com a opção mais conservadora.
A máxima capacidade volumétrica do prédio foi obtida pela observação dos seguintes princípios:
– Área retangular central com pé-direito máximo (para a época) de 8m;
– Mezanino em formato de “L”, sobreposto às áreas de Recebimento e Expedição;
– Equipamentos empilháveis (gaiolas) para produtos de menor densidade e maiores dimensões, na área principal (térrea);
– Prateleiras de madeira para itens menores e de menor estoque nos mezaninos.
A capacidade de movimentação necessária foi obtida observando-se:
– Dimensão dos corredores restrita à necessidade de “picking”;
– Áreas de apoio para consolidação de entrada e saída de produtos;
– Adequação de empilhadeiras, carrinhos e contentores;
– Monta-cargas com sistemas de botoeiras para operação rápida e segura;
– Iluminação distribuída de acordo com os corredores;
– Áreas de coordenação operacional, ponto e sanitários, unificadas.
Os detalhes de segurança, economia de energia (cobertura), sinalização e comunicação interna, endereçamento, características do piso, entre outros também não foram esquecidos, afinal, A TECNOLOGIA EVOLUI CRIANDO NOVAS FERRAMENTAS PARA OS MESMOS CONCEITOS.
1Os temas Portaria e Acesso à Planta (Segunda fase) serão apresentados no próximo tópico.
C. B. MARRA
Vantine Logistics Solutions
PONTO DE VISTA
“AGROLOGÍSTICA: A SAFRA SOFRE”
Todo ano é sempre igual! É uma recorrência que incomoda porque mostra a indesejável incompetência dos gestores da “coisa” publica. E enquanto isso em Brasília, do Planalto à Esplanada do Ministério, passando pelo Congresso Nacional, nada se faz a não ser o hobby por cargos públicos e as costumeiras acusações de corrupção por todos os lados, claro que nesse cenário, com as preocupações voltadas para o causuismo político, a gestão fica em plano inferior.
Sabem do que eu falo? Novamente sobre a imensa fila de 26Km de caminhão carregados soja na rodovia BR-277 que liga Curitiba e Paranaguá. E A SAFRA SÓ ESTÁ COMEÇANDO!
Já escrevi vários artigos tratando do tema. Aliás, há mais tempo, quando tinha o programa “Logística com Vantine” na Rede Mulher (hoje Record News) eu já abordei o tema. Não só com relação a Paranaguá, mas também com Santos. Não bastasse a longa viajem “Southbound” da soja desde o Centro Oeste até o porto no Sudeste para seguir “Northbound”, acrescentando certa Logística, ainda temos um crucial problema. Aliás, dois problemas:
– A velha e ineficaz infraestrutura.
– Modelos e sistemas de gestão e operação dos portos.
Mas não é só isso! Por quê?
Porque infraestrutura sempre foi da responsabilidade do Ministério dos Transportes (aliás, alguém sabe o nome do ministro dos transportes?). Depois foi criado o SEP com status de Ministério. E nas paralelas a ANTAQ e ANTT, as quais aumentaram drasticamente as mesma regulamentadoras.
E, correndo por terra, mas atropelando todas as iniciativas de ampliação de portos e sistemas viários de acesso (pessoalmente eu acompanho a tragédia que tem sido a expansão do Porto de São Sebastião, SP), temos os órgãos ambientais comandados pela supremacia do IBAMA e muitas vezes obstaculadas pelas ONG’s nem sempre de princípios horonsos.
Esse é o cenário. Essa é a situação.
Talvez a Dona Marta Suplicy, tenha razão quando, no auge da crise dos aeroportos soltou publicamente a “perola”: Relaxa e Goza!
Não! Simplesmente não!
E já que estamos na semana do carnaval podemos imitar os puxadores de samba enredo:
– ALÔ PRESIDENTA!
– ALÔ MINISTRO DOS PORTOS!
– ALÔ MINISTRO DOS TRANSPORTES!
– ALÔ ANTAQ!
– ALÔ ANTT!
– ALÔ CNI!
– ALÔ CNA!
Mas ninguém escuta, porque só sabem cantar o “Samba de uma nota só”.
JG VANTINE
Vantine Logistics Solutions