VIVENDO A LOGÍSTICA

“DILMULANI”: QUAL A DIREÇÃO CERTA?

Em seqüência à minha análise da edição anterior, continuo apartidário e acompanhando atentamente a performance dos candidatos à presidência e sua relações com a LOGÍSTICA. Como anteriormente citado, continuo sem ter dúvidas sobre Zé Serra e Marina Silva. Mas da Dilma…

Não sei se assistiram o programa “Roda Viva” do dia 28/06 (dia em que nossa seleção venceu do Chile). Eu Assisti! E por isso continuo com ela como manchete do meu Ponto de Vista. Confesso que minha inspiração do termo“DILMULAMI” foram as duas transmissões.

A Jabulani já se mostrou teimosa, turrona. O atleta mira o gol e quando sai pela lateral do travessão desenha uma elipse à esquerda, e quando sai acima parece que desenha uma hipérbole descontrolada.

A candidata Dilma, diante da competente “metralhadora” de perguntas do jornalista e apresentador Heródoto Barbeiro, também usando a linguagem da geometria, sempre sai pela tangente. Respostas rápidas, decoradas, de raciocínio rápido, mas sempre divagando por direções inconclusivas.

Como no editorial passado “DIL (E) MA” confesso que ainda não consigo saber exatamente quais são as proposições em se tornando a presidenta. Ao contrário, continua mostrando-se a “gerentona” a face espelhada do Lula (mas sem o seu carisma pessoal).

Sobre o que nos interessa de perto, não vi nenhuma estratégia relacionada aos graves problemas da infra-estrutura direcionada às soluções dos problemas da operação Logística (nem mesmo sabe que um caminhão está demorando até 30 horas para acostar o navio e descarregar). E pior, fala em desoneração da produção (sem dizer como), visando o consumo interno, se esquecendo que é crescente a demanda internacional por produtos nacionais. E isso significa exportação que por sua vez exige expansão dos portos, construção de acessos, redução drástica da burocracia. E por ai vai.

Até o momento, o que sei é que sua origem política é revolucionária de esquerda (mais para Cristina Kirchner da Argentina do que da Bachelet do Chile), mas continuo sem saber para qual direção vai seguir se tiver que conduzir o nosso país a partir de 2011.

Por enquanto vou continuar a análise da Jabulani, a misteriosa (espero que até 11/07) e vamos ver se até a eleição eu possa saber se a candidata Dilma tem a direção certa para dirigir o meu país e não apenas ser um fantoche do Lula (do alto de sua soberba, o político que pisa na lama das praças dos Pernambucanos e Alagoanos para ser fotografado como o “pai dos pobres”).

J.G. Vantine
VANTINE SOLUTIONS


PONTO DE VISTA

QUANTO MAIS PERTO, MAIS COMPLEXO

Como estamos em época de Copa do Mundo, nada melhor para entender o raciocínio do que saber o significado da frase “Mata-Mata”. Classificar para a copa não foi difícil, passar para as oitavas de final já começou a complicar, e agora afunilando para chegar à final (que para nós em Logística equivale ao ponto final de entrega – “Last Mile”), a coisa é mais complicada e são grandes os obstáculos.

Pois bem, por analogia, chamo atenção para dois problemas crônicos da nossa Operação Logística:

O primeiro: DISTRIBUIÇÃO URBANA – Tema que estudo e abordo há cerca de 20 anos. Restrições foram e vão continuar aumentando porque a prioridade dos urbanistas responsáveis pelo Plano Diretor não contemplam a circulação de veículos comerciais para o abastecimento de Cidade (acho que as escolas de arquitetura nunca ensinaram fundamentos da Logística Urbana e o Sistema Viário). Minha parte eu fiz, ao criar o “Comitê de Distribuição Urbana” nos anos 90 e criado o VUC. Veja o link.

O segundo: ACESSO AOS PORTOS – Assunto que vem “rolando” há longos anos, tendo Santos como o maior (e pior exemplo) da falta de estratégia urbana conjugada entre os sistemas viários dos municípios da baixada Santista e a interligação com as rodovias (isso sem falar do velho problema do acesso ferroviário). Segundo estatísticas do Porto de Santos circulam cerca de 14 mil caminhões por dia, que neste ano de recorde de movimentação chegou próximo das 40 mil toneladas (das quais 66% exportação e 34% importação). O reflexo imediato do problema do acesso é o “TPV – Tempo de Permanência de Veículos” que atinge o estratosférico número de 30 horas! E sabe o que significa isso? Reflexo imediato na conta FRETE. Ou causando prejuízo para a Transportadora ou aumento de custos para o Embarcador.

Pelo que analiso continuamente, em ambas as operações, pouco resta para as empresas que já atingiram seus limites de produtividade e já o ultrapassaram na lucratividade (cada vez menor). O que resta está na mão dos gestores públicos que no Brasil parece que vivem em um mundo paralelo e virtual.

Por isso: QUANTO MAIS PERTO… MAIS COMPLEXO!

J.G. Vantine
VANTINE SOLUTIONS

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