28/04/2010 – “REPRESAMENTO E GERAÇÃO ESPONTÂNEA DE TRÁFEGO URBANO” / PORTOS E FERROVIAS – O CASO FIOL
VIVENDO A LOGÍSTICA
“REPRESAMENTO E GERAÇÃO ESPONTÂNEA DE TRÁFEGO URBANO”
Não obstante seja esse um fenômeno inerente à mobilidade de pessoas (exemplo: nova linha de metro de São Paulo, recém inaugurado já esta saturada), claro que o meu tratamento se relaciona a “MOBILIDADE DE CARGAS DE QUALQUER NATUREZA”
Inegável o conjunto de benefícios oriundos da inauguração do trecho sul do rodoanel e das obras de ampliação da Marginal Tietê na RMSP – Região Metropolitana de São Paulo. Levantamento da CET – Companhia de Engenharia do Tráfego- indica que a lentidão geral da RMSP foi reduzida em 28% e a velocidade média aumentou 40%. Outro lado importante: em 25 dias de operação 1 milhão de veículos (30% caminhões) passaram pelo Rodoanel.
Trazendo um dogma das “Teorias das Restrições” para nova analise (gargalos não são eliminados, mas transferidas de lugar), e talvez ainda com uma abstração simples da mecânica dos fluidos (a água sempre corre para direção menor resistência), tento alertado os operadores e planejadores de Logística e de Transporte, para terem cautela na reprogramação na modelagem de abastecimento e redefinição de rotas. Aguardem a estabilização do tráfego porque é fato concreto: A menor impedância (resistência) de tráfego é aquela escolhida pelo motorista de automóvel, ônibus fretados e caminhão não pré -roteirizados. E isso provoca a geração espontânea do tráfego (como já expliquei na edição anterior dando como exemplo também em São Paulo, do excesso de veículos no complexo “Marginal Tiete/Norte – Rodovia Ayrton Senna – Av. Jacu-Pêssego).
E porque isso ocorre e ainda não foi estudado pela engenharia de tráfego?
Porque reflete o represamento desconhecido e isso não faz parte das pesquisas “Origem-Destino”, ou em linguagem popular “Todo mundo procura o mais curto, o mais rápido e o mais barato.”
Portanto, nossa infra-estrutura gera nova demanda: “É o gargalo mudando de lugar”.
Vamos esperar a estabilização do impacto dessas duas excelentes obras em São Paulo. E isso, recomendo também para outras capitais que visito frequentemente, como Manaus, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, porque possuem problemas semelhantes.
Não altere seu Planejamento ou Operação Logística para não correr o risco de pagar dois custos: O de mudança do modelo e o de retorno ao modelo anterior.
JG Vantine
PONTO DE VISTA
PORTOS E FERROVIAS – O CASO FIOL
FIOL – Ferrovia de Integração Oeste-Leste, este é o nome de importante projeto ferroviário. Importante pela dimensão e trajeto inusitado. Há décadas não se constroem ferrovias do Atlântico para o interior. Sua grande extensão pode ser comparada à da Norte-Sul.
A ferrovia vai percorrer 1,5 mil quilômetros e atravessará 32 municípios da Bahia distribuídos por 1,1 mil quilômetros. O empreendimento está em fase de projeto. Conforme o projeto passará pelos estados da Bahia e do Tocantins tendo nos extremos as cidades de Ilhéus – BA e Figueirópolis -TO, onde se ligará com a Ferrovia Norte-Sul.
A Ferrovia Oeste-Leste faz parte do Complexo Intermodal Porto Sul (Ilhéus-BA), um conjunto de investimentos que prevê construção de porto, aeroporto e ferrovia. A estrutura logística será utilizada para escoamento da produção agropecuária, industrial e de minérios da Bahia e de estados da região centro-oeste do País. O investimento, somente com a ferrovia, demandará 6 bilhões de reais, até 2012.
Alguns pontos importantes levantados sobre o projeto são:
– A principal carga regular deverá ser o transporte de minério entre Caetité – BA e Ilhéus-BA, (75%) complementada, de forma sazonal, por produtos agrícolas (23%) e produtos diversos (2%);
– Em 30 anos deverá crescer 2,5 vezes;
– A integração Porto-Ferrovia é clara e importante, principalmente no processo de exportação, porém o aeroporto tende a ter características e operacionais regionais;
– Há uma ferrovia próxima a Caetité e Brumado, ambas no estado da Bahia, que se dá acesso à área portuária de Salvador (Aratu), que poderia ser utilizada também neste processo, otimizando o uso da malha;
– A área portuária de Salvador poderia abrigar um terminal como o que compões este projeto;
– Este porto apresenta características predominantes de Terminal Privado e não de Porto Organizado;
– Não estamos falando de meio ambiente, pois certamente isto foi considerado com “importância e impactos relativos”.
Quem prevê utilizá-la deve estar se perguntando: Quando?
Saiba mais: Visite o site da empreendedora:
http://www.valec.gov.br/oeste-leste-carga.htm
Marra
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