25/03/2010 – TENDÊNCIAS DE LOGÍSTICA PARA TRC – 11/2006 / TRANSPORTE E MOBILIDADE PARA TUDO E TODOS
VIVENDO A LOGÍSTICA
TENDÊNCIAS DE LOGÍSTICA PARA TRC – 11/2006
Dando sequência ao texto da última edição, coloco para análise e debate a palestra que apresentei no seminário “Reduzindo Custos e Transportando com Qualidade”, promovido pela NTC&Logística.
Isso aconteceu no dia 28/11/2006 e na verdade usei a expressão “tendências”, o que é tecnicamente inadequado tendo em vista que a Logística já estava completando 20 anos na sua definição mais atualizada. Mas preferi comentar nessa direção porque na história da Logística do Brasil que vivo desde 1972, pouca coisa ou nada mudou na relação EMBARCADOR – TRANSPORTADOR – RECEBEDOR. O que sempre via era muito blá-blá-blá e pouco resultado efetivo na gestão dos negócios relacionados com a Logística.
Aliás, é possível que mediante uma detalhada reflexão, possamos concluir que ainda hoje a situação está mais para interesses individuais, o que contraria fortemente os discursos principalmente dos embarcadores que até hoje não conseguem enxergar no Transporte Rodoviário de Cargas o seu parceiro estratégico.
JG VANTINE
PONTO DE VISTA
TRANSPORTE E MOBILIDADE PARA TUDO E TODOS
As coisas, ou melhor, os elementos dos processos são seqüenciais e com dependência definida. Nas relações entre processos o tipo e nível das interações são as variáveis e características que definem a complexidade do processo.
Na vida urbana a complexidade se ampliou de tal maneira, devido principalmente ao volume de interações, além de sua diversidade. Muitos consideram que as cidades do interior são simples por serem desta região. Engano! As que são simples, assim permanecerão enquanto forem pequenas ou mantiverem suas características originais.
O transporte coletivo de passageiros, em muitos lugares do país, ainda é associado ao transporte de encomendas e pequenos volumes de carga geral. Em regiões mais densas, tratando-se de transporte rodoviário, isto já se tornou especializado e, portanto segmentado. Nas grandes cidades, cargas e passageiros, ou melhor pessoas, disputam seu lugar no tempo e no espaço. Parece que todos querem ir aos mesmos lugares ao mesmo tempo, conflitando com a propriedade “básica” da matéria. Mobilidade urbana é o tema que mais interessa aos políticos atualmente, visando reduzir o tempo de viagem das pessoas entre o trabalho e sua residência, assim como nas horas de lazer. Todos nós concordamos que a cidade assim se torna mais humana.
A legislação tenta orientar a utilização do espaço em função do tempo estabelecendo mecanismos de controle e regulação, como rodízios e pedágios, mas parece que isto apenas estimula a venda de mais veículos. A disputa somente entre pessoas já alcançou níveis impossíveis de se administrar. Especialmente, os automóveis representam, segundo o DENATRAN, cerca de 70% da frota nacional de veículos, contra 3% de Caminhões; somando-se utilitários, pode-se considerar mais 3 a 6 pontos percentuais. Além disto, segundo veiculação da SETCESP, dia 22 de março, considerando comerciais leves e automóveis, neste ano o Brasil deverá passar a ocupar o quarto lugar no ranking mundial.
A frota de automóveis é cerca de 10 vezes a frota de veículos de carga. A utilização de veículos menores, partindo do VUC (6,30m) até os menores utilitários, exerce uma pressão imperceptível no custo do abastecimento urbano; este até parece ser algo subjetivo, desde que o caminhão não atrapalhe minha vida. Cada cidadão paga mais quando os tamanhos dos veículos e das cargas diminuem em cada viagem, ou em cada época, ou em algumas regiões.
Caminhão não vota! Quando concluía este artigo recebi a noticia que o prazo para proibir a circulação do VUC no “centro expandido” foi prorrogado até 30 de junho. Pouco prazo, mas importante decisão! Creio que o SETCESP continuará trabalhando para que a compreensão sobre o assunto possa ser ampliada e os órgãos municipais que um dia promulgaram o VUC possam acatá-lo como um recurso útil e econômico, conforme o senso comum, eliminando o rodízio de placas que custa caro ao transportador e indiretamente ao cidadão. Vamos melhorar o VUC, suprimi-lo, NÃO!
A Logística e a Economia Nacional agradecem!
C.B.Marra
VANTINE SOLUTIONS