07/03/2007 – SISTEMA LOGÍSTICO / BUSH, LULA, ETANOL & LOGÍSTICA
VIVENDO A LOGÍSTICA
SISTEMA LOGÍSTICO
Em 1992 publiquei uma série sequencial de artigos sobre o tema SISTEMA LOGÍSTICO, no jornal do Estado de São Paulo.
A partir desta edição, você terá oportunidade de ter a cada semana um artigo, e ao final terá a coletânea completa.
J.G. Vantine.
PONTO DE VISTA
BUSH, LULA, ETANOL & LOGÍSTICA
Esta semana configura-se como o ponto de inflexão na história do Brasil. Receberemos o Presidente George W. Bush, e no meio de algumas visitas para disfarce o que de fato deverá ocorrer, pela tradicional visão estratégica dos EUA (para alguns esperteza, para outros imperialismo) são os Presidentes Bush e Lula formalizarem um longo e profundo acordo técnico e comercial para produção e distribuição do Etanol, pois ambos já hoje são responsáveis por 70% da produção mundial.
Com toda a movimentação de ambientalistas, governantes, e até mesmo das populações com referência ao aquecimento global, está aí a maior e jamais vista oportunidade do Brasil ser o “dono do mundo carburante”, os mais otimistas (incluindo eu) entendeu que o combustível verde derivado da cana de açúcar tem no Brasil o maior custo de produção do mundo (US$0,22), e além do mais é um combustível que não depende do outro tipo de energia para ser produzido, ao contrário dos EUA que produz o Etanol a partir do milho, sendo que a geração de energia é apenas 25% a mais do que consome. Energia esta que também utiliza derivado de petróleo. Outro dado que fundamenta a nossa tese é que a produtividade brasileira é de 2.700 litros de Etanol por hectare contra 1.200 litros nos EUA.
Portanto, além da necessária atenção com carburantes poluentes (derivados de petróleo), o Etanol tende a ser o combustível limpo e barato que só não é introduzido de imediato em larga escala por falta de produção suficiente e claro para impedir uma catástrofe no setor petrolífero mundial.
E a Logística: onde entra nessa história? O valor do álcool só é percebido na ponta de utilização para o consumidor, e aí entra o transporte, a armazenagem e a distribuição em nível mundial. ESSE É O NOSSO GRANDE DESAFIO e ainda está sem solução. Aliás, este é certamente o maior tema para acadêmicos, profissionais e técnicos do governo a ser discutido neste e nos próximos anos.
Por final, devemos também acrescentar como fator impulsionador a utilização do Etanol como carburante a TECNOLOGIA FLEX desenvolvida pela engenharia brasileira (embora de empresa multinacional). Somos o único país do mundo a disponibilizar no mercado de consumo o chamado motor tetraflex (funciona individualmente ou em qualquer combinação com álcool, gasolina e GNV).
Fiquem atentos!
J.G.Vantine
