10/03/2016 – A LOGÍSTICA NO OLHO DA CRISE / GESTÃO DE ESTOQUE NO VAREJO: PARA ONDE VAI?
VIVENDO A LOGÍSTICA
Certamente todos estamos fartos de assistir tantas notícias todos os dias sobre as crises que tomaram conta do nosso país. Como cidadãos, se erramos foi porque votamos errado e escolhemos mal os que fazem as leis e os que dirigem cidades, estados, países.
Mas como profissionais, temos que olhar para as técnica, os processos, os sistemas, as politizas de atendimento à clientes, bem como, os modelos organizacionais.
Quando tudo parece que vai mal é o sinal para repensarmos, e porque não reinventarmos para novos modelos de gestão e operação da Logística.
PONTO DE VISTA
GESTÃO DE ESTOQUE NO VAREJO: PARA ONDE VAI?
No varejo a automação comercial e o processamento automático de informações tendo o objetivo de melhorar o desempenho da gestão de compras, estoque, preços e vendas, têm se revelado instrumentos mais eficientes para a concretização de um novo parâmetro operacional e poderoso instrumento de gestão.
Um sistema usado é o conhecido como EDI – Electronic Data Interchange, que permite o envio rápido e automático de pedidos de compra de acordo com o nível de estoques das mercadorias, gerando um sistema de encomendas contínuas e auxiliando a rapidez no giro das mercadorias. A integração com a informação on-line do caixa do supermercado permitirá à empresa saber, a cada momento, qual a necessidade de reposição de mercadorias naquela loja, o que possibilitará a entrega de produtos sem a necessidade de visitas de vendedores e o registro de compras, reduzindo, portanto, o tempo de várias operações e o custo e a quantidade de mão-de-obra envolvida nestas operações e evitando a falta de produtos nas prateleiras dos pontos de vendas.
Nesta última década foi marcada por transformações no fornecimento entre indústria e varejo se analisarmos as tentativas de ressuprimento automático, onde os resultados foram inconclusivos. O conceito de ressuprimento automático ao varejo, exige tempos de entrega extremamente curtos por parte da indústria, frequentemente implicando que a empresa adote a produção empurrada.
A tentativa do varejo em reduzir o estoque foi uma constante em 2015, mas a compra não enxuta pelas áreas comerciais fizeram com que os centros de distribuição e as lojas continuassem com seus estoques altos. As empresas devem se atentar em seus posicionamentos das áreas de operação, logística, marketing e comercial para unirem as estratégias e se posicionarem de uma forma a criarem unirem “modelo ideal” de operação Supply Chain.
Na maioria das empresas o que se vê de maior importância é o setor comercial e o de produção, se deixando de lado, ou simplesmente se achando que tem menor importância o setor de reposição.
“Se analisando isto o empresário não leva em consideração o que pode acontecer se a empresa vir a ficar sem estoques e por um acaso não tem a capacidade de continuar a sua produção, não ter produto para repor na gôndola, ou não conseguir entregar o pedido a um cliente” (Dias, 2005).
Em 2016 para onde o varejo está se dirigindo? Para o estoque enxuto? Ou irá manter o “tradicional” estoque robusto para não haver ruptura?
Daniel Vantine
Vantine Consulting