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A falta de medidas, para uma padronização de equipamentos e processo em regiões metropolitanas, limita a eficiência do sistema.

A distribuição de bens de consumo tem-se tornado extremamente complexa, especialmente nos grandes centros das metrópoles, porque as indústrias possuem sua própria distribuição e por isso não há uma plena utilização dos veículos de transporte de carga. A situação é semelhante à do transporte individual de passageiros – se 80% dos cargos trafegam com apenas uma pessoa, o mesmo se verifica no transporte de carga, pois uma expressiva parte dos caminhões roda com volume de ocupação reduzida, fazendo com que haja excesso de veículos no tráfego  da cidade com espaços ociosos.

A constatação é do engenheiro industrial José Geraldo Vantine, consultor  especializado em logística e distribuição, para quem o mau planejamento da distribuição física pode ser verificado também na utilização inadequada de veículos. Na distribuição urbana, por exemplo, as empresas se utilizam de caminhões de tonelagem média, decisão que por um lado leva a custos mais elevados e, de outro, atravanca as vias públicas, gerando pontos de estrangulamento do trânsito e, por conseqüência, logos e demorados congestionamentos. Mais ainda: veículos inadequados tomam difícil a operação de movimentação de mercadorias nos pontos de destino, como Geraldo Vantine pode observar em seus projetos de logística.

A essas deficiências pode ser acrescentada mais uma, provocada pela inflação acelerada que toma conta do País. Com índice inflacionário beirando a casa dos 40% ao mês, a indústria e o comércio operam com a alta liquidez e baixo estoques de insumo ou produtos acabados. Nesses casos , o transporte passa a ser importante trunfo de redução de custos. Mas, para isso é necessário que as entregas sejam mais constantes, no caso da distribuição urbana, provocando um acúmulo de veículos para repor estoques que praticamente todos os dias chegam ao nível zero.

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 Revista CARGA – Ano VI – nº 61 – Janeiro/Fevereiro 1990.