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“Se medidas não forem tomadas, o Porto de Santos pode parar”.

O engenheiro José Geraldo Vantine, é consultor e Diretor Geral da Vantine Consulting, empresa de consultoria em Logística e Supply Chain, além de Membro do Conselho de Administração da Cia Docas de São Sebastião, falou à DINHEIRO sobre o “apagão” que aconteceu no porto de Santos, há cerca de 15 dias, prejudicando o escoamento da safra de açúcar.

Revista DINHEIRO – Como o sr. definiria “apagão” e por que ele ocorreu em Santos?

José Geraldo Vantine – “Apagão” é um sinal de que o porto pode parar. O problema de escoamento da safra de julho de açúcar, por causa do congestionamento de navios, foi um desses sinais. E aconteceu por falta de uma gestão adequada do porto – A cargo da Cia. Docas do Estado de São Paulo (CODESP). Era preciso o crescimento da produção açúcar – que foi de 3% – e isso foi ignorado.

Revista DINHEIRO – Há notícia de prejuízo por causa do “apagão”?

José Geraldo Vantine – No volume de exportação não. Mas sei de produtores que tiveram que desviar 30% da produção para o porto de Paranaguá (PR). Um custo que não estava previsto.

Revisa DINHEIRO – Que soluções indica para esse problema?

É preciso ampliar a privatização do porto: equipá-lo com alta tecnologia e promover um planejamento eficiente, com dados consolidados das projeções de crescimento nos setores produtivos, para programar uma melhor utilização do porto. Se isso não for feito, o Porto de Santos pode parar.

Revista ISTO É – DINHEIRO – Ano 13 – Nº 674 – Setembro/2010