10-01-2008 – A LOGÍSTICA EMPRESARIAL COMO INSTRUMENTO DE REDUÇÃO DE CUSTOS / LOGISTRENDS: A LOGÍSTICA EM 2008
VIVENDO A LOGÍSTICA
A LOGÍSTICA EMPRESARIAL COMO INSTRUMENTO DE REDUÇÃO DE CUSTOS
Pouco mais de um ano após a entrada em vigor do REAL, o gerenciamento de custos começou a se voltar para a Logística, pois até então os elevados índices inflacionários eram infinitamente maior do que o “CUSTO LOGÍSTICO”.
Em novembro de 1995 foi realizado o Seminário “A Revolução nos Custos” no Hotel Cad´oro com apoio da Gazeta Mercantil. E para que você possa conhecer um pouco mais da história da Logística no Brasil, disponibilizamos os links abaixo.
J.G.
Vantine.
PONTO DE VISTA
LOGISTRENDS: A LOGÍSTICA EM 2008
O LOGISTRENDS é um evento que foi realizado pela VANTINEdurante longos anos, e paramos de organizá-lo em 2003 grande parte por culpa da própria Logística (!?). Isso mesmo: O trânsito de São Paulo aliado ao excesso de novas atribuições dos profissionais da Logística que os impedia a participação. Esse evento anualmente realizado em Dezembro reunia a minha análise sobre as “Tendências da Logística para o ano seguinte”. Os tempos mudaram e nada melhor do que utilizar a maior inovação do Século XX, a Internet.
Então vamos lá:
I) GESTÃO
Continuaremos com a grande defasagem entre os requerimentos funcionais e a qualificação profissional. É o mercado em expansão, porém a formação acadêmica e/ou pós-acadêmica cresceu muito em quantidade de cursos, mas decaiu muito na qualidade do ensino.
II) TRANSPORTE
A matriz de transporte não irá se alterar proporcionalmente, mas haverá forte incremento no modal Ferroviário e Dutoviário (esse com projetos para operação a partir de 2009). Essa configuração é decorrente das excelentes safras de grãos previstas para este ano e o aumento nominal nas exportações de minério de ferro. Não vejo muita movimentação das principais ferrovias no incremento do transporte de bens de consumo unitizados e/ou conteinerizados, devendo ocorrer nos próximos anos até mesmo em função da construção do Ferroanel na Grande São Paulo, e da via perimetral adjacente ao Porto de Santos. O modal rodoviário, conforme minha previsão no LOGISTRENDS de 2002, continuará com forte crescimento em frotas customizadas, com veículos especificamente projetados para clientes cativos através de contratos de prestação de serviços. Nenhuma movimentação deverá ocorrer no modal aéreo e nem fluvial, talvez nem mesmo o crescimento vegetativo.
III) DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
Já com o crescimento do PIB na casa dos 5% em 2007 e a projeção semelhante para 2008, aliado ao aumento de requerimentos das redes varejistas, as indústrias deverão dar especial atenção à MODELAGEM DA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA, procurando a equação de equilíbrio entre TEMPO x ESPAÇO x CUSTO. Essa é uma tendência que exige mais ciência e menos empirismo, porque a distribuição física é responsável de maior grandeza pelo sucesso do abastecimento.
IV) DISTRIBUIÇÃO URBANA
Esse é um tema que abordo de maneira recorrente desde o início dos anos 90, quando criei o CDU – Comitê de Distribuição Urbana na ABRAS e a partir deles criamos o VUC – Veículo Urbano de Carga.
Neste 2008 estou convicto que as autoridades estaduais e municipais deverão incrementar as restrições de circulação de veículos de carga dentro do plano de desafogamento do trânsito metropolitano. A tendência na verdade eu já havia expressado em 99: Criação de pólos de transferência ao longo das rodovias de acesso às marginais e ao futuro Rodoanel, e a partir daí o abastecimento devendo ser feito com os veículos adequados. Vejo também que deverão surgir Mini Centros de Abastecimentos (ao estilo estacionamento) e assim a capilarização para os inúmeros pontos de consumo.
V) ARMAZENAGEM
Não haverá grandes novidades até porque já atingimos um nível de excelência em projetos executivos e construção de armazéns e centrais de distribuição. O que prevejo é que com o crescimento do modelo financeiro“BUILT”, tanto as empresas usuárias como as construtoras devem dar mais atenção a FLEXIBILIDADE FUNCIONAL e DETALHAMENTO DO PROCESSO OPERACIONAL DA INTRALOGÍSTICA.
VI) TERCEIRIZAÇÃO
Essa é uma atividade em franco crescimento e assim será mantido em 2008, mas direcionado às especializações por canais de distribuição com vistas à sinergia do abastecimento. Também deverá ser mantido o crescimento da terceirização das operações de movimentação industrial, já conhecida como INTRALOGÍSTICA.
VII) TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
O que observamos até agora é o que afirmamos no LOGISTRENDS de 2001: “A informação é instantânea, mas a operação física continua como meados do século XX”. Minha previsão é que haverá a consolidação dos sistemas WMS em versão avançada e eu até poderia denominar de LMS –Logistics Management System, porque a partir da gestão das informações, os estoques funcionarão como“CAIXA D´ÁGUA” e assim com maior precisão executar as PREVISÕES DE VENDAS, PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO, e PLANEJAMENTO DE SUPRIMENTOS. Estimo que esse LMS venha eliminar os conhecidos gargalos que vem prejudicando a Logística em função dos ERPs (Não concebidos com funcionalidades para a Logística eficaz).
Como sempre previsões dependem de fatores externos, no caso das políticas personalíssimas do Presidente da República e do estado da economia americana.
J.G.Vantine