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LOGÍSTICA – A melhor solução logística depende de pacientes estudos, cálculos e diálogos com os fornecedores.

Se sua empresa decidiu recentemente investir em logística e neste momento está empenhada em construir um enorme galpão, aproveitando aquele terreno comprado há naos, para transformá-lo no armazém central que atenderá a todas as lojas, pare imediatamente. A decisão sobre ter ou não um centro de distribuição, que tipos de produtos estocar nele e como operá-lo é um verdadeiro exercício de paciência e dedicação, que torna imprescindível um planejamento minucioso antes de tomar qualquer atitude. Não existe resposta fácil nm definitiva para essa questão. A recompensa é que o planejamento estratégico da logística pode determinar a saúde financeira e continuidade da rede varejista, enquanto a falta de programação é capaz e levar à ruína mesmo um negócio de grande sucesso. Portanto, é melhor adiar a compra de cimento e areia e começar a estudar suas necessidades.

Investir em logística não significa erguer um centro de distribuição de proporções gigantescas. Empresas que pensam dessa forma estão sujeitas a arcar com prejuízos tão monumentais quanto a sua obra. Mas é verdade que os CD´s (Centro de Distribuição) estão em pauta. Depois da tendência da entrega direta nas lojas, instituídas nos anos 70, com a chegada dos hipermercados ao País, novamente o mercado está migrando para os armazéns centralizados.

A segunda etapa é calcular o giro desejável para cada categoria de produto estocada no CD, a fim de que ele possa suprir toda a rede. O desafio é manter a medida exata para não permitir a falta de mercadorias nas gôndolas, mas ao mesmo tempo não formar estoques exagerados. “O CD é elemento da cadeia de distribuição responsável pelo equilíbrio entre a demanda e o suprimento. É uma espécie de represa que vai drenando as lojas conforme a necessidade do consumo”, explica José Geraldo Vantine, consultor especializado em logística.

Retaguarda de loja

Mesmo assim, na opinião de Vantine, o CD não substitui totalmente o estoque da loja. “Sugiro que se mantenha um pequeno estaço na retaguarda, que eu chamaria de pulmão, para reabastecer não mais do que um dia, no caso de algum problema com a entrega”, aconselha.

Antes da decisão

  • O que é preciso levar em conta pata tomar a atitude correta quanto ao centro de distribuição
  • Classificar os produtos em categorias e definir, junto aos principais fornecedores, quais delas serão intermediadas pelo CD.
  • Firmar acordos de parcerias com os fornecedores de logística mais avançada, para casos de entrega direta às lojas.
  • Conhecer movimentação de vendas e determinar a taxa de cobertura (volume de estoque necessário para suprir um período de consumo).
  • Estudar a viabilidade de administrar o CD com recursos próprios, ou optar por um operador logístico. Ao escolher a terceirização selecionar um parceiro de acordo com a localização, prestação de serviços e preços.
  • Definir sistemas flexíveis de estocagem, movimentação e a tecnologia que será usada na comunicação entre lojas e armazém.
  • Criar rotas e horários alternativos para recebimento e distribuição às lojas, evitando o trânsito das cidades.

Revista SuperHiper – Ano 23 nº 263 – Julho/1997