OS MALES DA DISTRIBUIÇÃO URBANA
Escrito por José Geraldo Vantine, fundador da Vantine Consultoria, Empresa de Consultoria em Logística e Supply Chain Management.
A distribuição urbana de bens de consumo apresenta hoje sérios problemas que provocam prejuízos para todas as partes envolvidas na movimentação dessas mercadorias. Relacionar essas dificuldades e buscar soluções é tarefa importante para evitar desperdícios, aumentar o lucro e melhorar a qualidade de vida das grandes cidades.
Um dos gargalos da questão esta na utilização inadequada de veículos. Na distribuição urbana, as empresas lançam Mao de caminhões de tonelagem media decisão que por um lado leva a custos mais elevados e de outro atravanca as vias publicas.
Mais ainda: veículos inadequados tornam difícil a operação de movimentação de mercadorias nos pontos de destino e este ai outro transtorno enorme. Shoppings Centers, lojas de departamentos, restaurantes e cadeiras fast food tem intensidade de fluxo elevada, difícil acesso e péssima estrutura de recebimento.
Nesses pontos comerciais, é muito alto o valor dos imóveis e as lojas acabam utilizando quase toda a área para vendas esquecendo-se da retaguarda. Resultado: cria-se necessidade de giro elevado e abastecimento freqüente e a conseqüência prática dessa situação reflete-se em custos maiores, tempo de carga e descarga mais longo e entupimento de ruas e avenidas.
Outro aspecto interessante a considerar é que, a exemplo do transporte individual de passageiro, onde 80% dos carros trafegam com apenas uma pessoa a bordo, parcela expressiva do transporte de carga roda com volume de ocupação reduzido, fazendo com que haja excesso de veículos no trafego.
Distante desse quadro, mais grave do que pode parecer, é fundamental que as indústrias e as empresas comerciais e de transportes comece a questionar o problema. Um bom ponto de partida poderia ser o uso de veículos com baixa capacidade de carga, velocidade media alta e dimensões reduzidas para permitir deslocamento ágil. Veículos, por exemplos, como a Kombi, Fiorino, Mini Van e a caminhonete F 1000.
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Matéria O ESTADO DE SÃO PAULO – 11/06/1991