PARCERIA: DA UTOPIA À REALIDADE
Nos últimos anos, o mundo dos negócios em nosso paus tem passado por fundamentais transformações, formada por constantes às vezes repentinas mutações de agravamento profundo, quer seja na geografia econômica mundial ou no rompimento de barreira do mercado global, e mesmo por fatores internos que tem jogado o nosso pais em busca de uma trilha em direção ao chamado Primeiro Mundo.
Não bastasse a visão macro dos acontecimentos, há outro conjunto de fatores substanciados na evolução geométrica da tecnologia de informação e comunicação que por si só alavancam e forçam as empresas em direção ao futuro.
E para consolidar as fontes de transformações encontramos a desenfreada e necessária busca da qualidade e produtividade que as empresas de todo o mundo têm descoberto, como se jamais estivesse existido até o surgimento do Japão como grande e vencedor digladiador da arena mundial.
É verdade que, em nome da competitividade, temos assistido a uma serie de ações inconsequentes por parte de alguns segmentos, como aquele para o qual elevamos o foco: o setor indústria/varejo ou fornecedor/supermercado. E aqui é necessário relembrar alguns fatos relevantes, alguns até mesmo óbvios.
- Nenhuma indústria de bens de consumo sobrevive sem o varejo. Na cadeia de distribuição, este é o elo mais forte que coloca o consumidor à frente dos produtos.
- Nenhuma forma de varejo, especialmente os supermercados sobrevive sem a indústria, que lhe abastece de produto.
- O setor de supermercado é hoje inquestionavelmente o principal canal de distribuição de produtos alimentícios, de limpeza e de higiene. Sua importância é fixada pela marca de mais de 70% como responsável por tudo que se vende nesses setores, com apenas 20% dos pontos-de-venda.
- O setor de supermercados é de longe aquele que mais se expandiu e evoluiu nos últimos trinta anos. Portanto, não existem setores tão intrinsecamente interdependentes como os de fornecedores e de supermercados. Assim sendo, por que não usufruir dessa realidade?
Porque não juntar forças e esforços para, em conjunto procurarem a superação das restrições, das dificuldades da economia e da queda de consumo? Antes de mais nada, esta é uma postura inteligente, pois desde Aristóteles e Pitágoras somar sempres oferece maior resultado do que diminuir ou dividir.
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Revista Super Hiper Outubro/1992
