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De uma forma conceitual geral, o varejo historicamente sempre foi atividade que esteve na fronteira entre o consumidor e a empresa.  De um lado, até essa fronteira, se pensa empresarialmente. Dai em diante começa a satisfação do consumidor, que compra um óculos porque precisa enxergar, ou adquire uma caneta pela necessidade de escrever.

O varejo tem-se modificado muito ao longo dos últimos anos 30 anos. Nesse período, saiu da condição de mercearia, ou de casa de retalhos, de mercadoria, ou de casa de retalhos, de loja de alimentos, de armarinhos ou brinquedos e passou a se configurar em grandes cadeias.

Ao lado dessas mudanças surgiram outras cadeias, entre elas as de supermercados, com performance impressionante – os supermercados possuem hoje 35 mil lojas no Brasil e respondem por 70% da comercialização de bens de consumo no varejo, contando com apenas 15% do total de pontos de vendas no país. Ou seja, aquelas 35 mil lojas representam 15% do total de lojas do País e isso é igual a 70% do faturamento total do setor.

Então, na medida em que o varejo se expande e passa a ser uma atividade de volume, ai sim tem de pensar no esquema de distribuição.

E a indústria, como ela se comportou até agora? Nesse período de 30 anos essa indústria usou como sistema de distribuição basicamente dois tipos de canais: um canal próprio, ao estruturar-se para poder atingir todo o universo do varejo para o qual estava se direcionando e um segundo modelo através de atacadistas, que junto com o transporte rodoviário de carga impediram que o Brasil fosse um País de faixa litorânea.

O atacado, no entanto, teve essa importância, mas depois acabou sendo atividade meramente especulativa, pós o Brasil viveu nos últimos trinta anos pelo menos vinte em situação econômica difícil e nesse período o atacadista passou a ter não a conotação de abastecedor de mercado, mas uma função iminentemente financeira.

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Escrito por José Geraldo Vantine, presidente da Vantine Consultoria, Empresa especializada em Consultoria Logística e Supply Chain Management.

Matéria O ESTADO DE SÃO PAULO – 29/01/1991