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O varejo em geral, e especialmente o segmento dos supermercados, está finalmente descobrindo a logística.

Alguns a vêem como uma grande oportunidade competitiva, e outros, como uma ameaça diante da concorrência. E por que situações tão antagônicas? Em verdade são várias razões que podem ser consolidadas numa grande explicação: o segmento os supermercados é o mais importante canal de distribuição de produtos de consumo e o que mais tem recebido tecnologia nos últimos cinco anos, em termos de gestão empresarial.

Da implantação d código de barras, com todo o vigor demonstrado a partir do início dos anos 90, até a aplicação plena do conceito do ECR” – a ser implantado a partir de 1997 -, houve tal mudança no modelo de gestão das empresas de supermercado. As empresas que entenderam as mudanças, vêem a logística uma grande oportunidade, e as que permaneceram com processos ultrapassados de empresa típica comercial, terão que correr muito para não serem devoradas pela concorrência.

Por que?

Por que a logística é a atividade da administração de empresas responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor.

Logística é muito mais do que pequena visão de depósito, palete, caminhão, etc. É preciso acabar com essa confusão. A logística tem duas vertentes muito claras:

  • Estratégia – Ligada ao planejamento estratégico de abastecimento e aliança com fornecedores e transportadores.
  • Operacional – Ligada ao fluxo físico (movimentação, armazenagem, embalagem, transporte, etc).

Fora isso, a logística tem forte interface com as atividades comerciais (no caso industrial, com a produção) e com a informática, pois cabe à logística a gestão das informações que nasce, do PDV, terminam no fornecedor, passado pela gestão de estoques e fluxo de suprimento.

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Conclusão

para o setor de supermercados no Brasil – que ano passado deve ter faturamento total de US$45 bilhões, respondendo por mais de 80% da distribuição de alimentos e produtos de limpeza e higiene pessoal – a logística deve ser entendida como o principal instrumento de gestão em direção ao próximo século, principalmente quando se analisa a realidade local, que passa por um cenário altamente completo, Sintetizando:

A geração dos empresários fundadores, originários do pequeno comércio, está no fim. A sucessão passa por momentos importantes..

A tecnologia de informatica está iniciando e, cada vez mais complexa, não consegue ser absorvida com a mesma velocidade com que se desenvolvve.

A economia está com inflação baixa há mais de dois anos, forçando o lucro como decorrência das operações e não das aplicações financeiras.

As redes americanas, altamente competitivas estão apostando no Brasil.

A revolução “Efeito Carrefour” trouxe grande contribuição ao setor á mais de 15 anos, em formatos de loja e formas de negociação.

Agora, a revolução “Efeito Wal-Mart” está trazendo a grande contribuição da produtividade operacional, ou seja, o estado da arte da logística.

Fiquem atentos, o futuro se planta no presente! E a logística no varejo é parte desse futuro.

Jose Geraldo Vantine é consultor especializado em logística e preside a Vantine & Associados Consultoria em Logística e Gestão Empresarial.

Revista SuperHiper – Janeiro de 1997