EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE NO VAREJO
Escrito por José Geraldo Vantine, Presidente e Fundador da Vantine Consultoria, Empresa de Consultoria Logística e Supply Chain Management.
Acostumado ao longo dos anos a trabalhar com a lucratividade e nunca com produtividade, os supermercados e o varejo em geral tem, nesses novos tempos econômicos, de repensar todo o seu nível de atuação. Trata-se de criar uma espécie de nova cultura empresarial do varejo. O lucro final do acionista vai vir da eficiência, da produtividade. Quem não caminhar para isso certamente terá sérios problemas. No caso dos supermercados, por exemplo, o riso é de, não seguindo a trilha de a produtividade voltar a se a mercearia de 20 anos atrás.
A produtividade no varejo deve ser muito bem trabalhada daqui para frente. O varejo deixou de ser comércio. Cadeias de lojas de supermercado, de magazines, franchising não fazem parte do comercio – trata-se de algo mais profundo.
Uma cadeia de varejo tem de, em parte iguais, apresentar componentes de comércio, indústria a serviços. É uma empresa híbrida. Precisa apresentar o melhor do talento comercial, o melhor da competitividade técnica da indústria e o melhor do atendimento ao cliente do setor de serviços. O sucesso vem disso tudo.
Assim, por exemplo, deve revisar seu modelo de distribuição. Num outro campo necessita repensar a administração financeira, já que essa área viveu os últimos anos na busca inebriante do lucro pelo juro e agora terá de buscar os lucros pelos resultados. Há de se recriar, também o modelo operacional do varejo de forma que ao menor custo de veda mais.
As mudanças de rota passam também pelo Marketing, onde é preciso entrar tecnologias: nos países do primeiro mundo já existem modelos que definem qual o melhor marketing mix de produtos para loja de supermercados, por exemplo. Algumas empresas brasileiras já trabalham com o marketing de varejo – um caso é o da C&A de São José dos Campos, trabalhando com produtos voltados para o consumidor daquela cidade e região, que não é igual ao consumidor da Capital. É importante a empresa varejista pensar a partir de uma analise d Marketing, inclusive definido gerenciais de produtos.
Quando se fala em produtividade o varejo tem de levar em conta o planejamento estratégico. Será que uma empresa sabe o que poderá acontecer com ela daqui a cinco anos? A maioria nem desconfia, mas é preciso questionar esse aspecto visando sempre à produtividade.
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Matéria O ESTADO DE SÃO PAULO – 31/07/1990