OS MALES DA DISTRIBUIÇÃO URBANA
O uso inadequado de veículos na distribuição urbana de bens de consumo pode trazer, alem de congestionamento no transito, sérios prejuízos tanto para quem entrega quanto para quem recebe as mercadorias. A solução está na utilização de veículos com menor capacidade de carga ou em realizar a operação no período noturno.
A distribuição urbana de bens de consumo apresenta hoje sérios problemas que provocam prejuízos para todas as partes envolvidas na movimentação dessas mercadorias. Relacionas essas dificuldades e buscar soluções é tarefa importante para evitar desperdícios, aumentar o lucro e melhorar a qualidade de vida das grandes cidades.
Um dos gargalos da questão está na utilização inadequada de veículos. Na distribuição urbana, as empresas lançam mão de caminhões de tonelagem média, decisão que, por um lado, leva a custos mais elevados e, por outro, atravanca as vias publicas.
Mais ainda: veículos inadequados tornam difícil a operação de movimentação de mercadorias nos pontos de destino, e está ai outro transtorno enorme. Shoppings Centers, lojas de departamentos, restaurantes, cadeias fast-food e especialmente supermercados tem intensidade de fluxo elevada, difícil acesso e péssima estrutura de recebimento.
Nesses pontos comerciais é muito alto o valor dos imóveis, e as lojas acabam utilizando quase todas as áreas para vendas, esquecendo-se da retaguarda. Resultado: cria-se necessidade de giro elevado e abastecimento freqüente, e a conseqüência pratica dessa situação reflete-se em custos maiores, tempo de carga descarga mais longos e entupimento de ruas e avenidas.
Um dos momentos que se mais perde tempo na distribuição urbana é na carga e descarga de mercadorias.
Outro aspecto interessante a considerar é que, a exemplo do transporte individual de passageiros, em que 80% dos carros trafegam com apenas uma pessoa abordo, parcela expressiva do transporte de carga roda com volume de ocupação reduzido, fazendo com que haja excesso de veículos no trafego.
Diante desse quadro, mais grave do que pode parecer, é fundamental que as indústrias e as empresas comerciais e as de transportes comecem a questionar o problema. Um bom ponto de partida poderia ser o uso de veículos com menor capacidade de carga, velocidade media alta e dimensões reduzidas, para permitir deslocamento ágil. Veículos, por exemplo, como Kombi, Fiorino, Mini Van e a caminhonete F1000.
LEIA A MATÉRIA INTEIRA NO PDF ACIMA
Escrito por José Geraldo Vantine, fundador da Vantine Consultoria, Empresa de Consultoria Logística e Supply Chain Management.
Revista Super Hiper – Janeiro, 1990