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Escrito por José Geraldo Vantine, presidente e fundador da Vantine Consulting, Empresa de Consultoria Logística e Supply Chain Management.

Imagine um lago como o da represa de Guarapiranga, em São Paulo. Um barco, até o dia 15 de março de 1990 navegava tranquilamente sem se importar com o relevo acidentado do fundo da água – estava muito distante para oferecer perigo.

Imagine agora, o mesmo lago, depois do dia 15 de março, só que com cota de água bem mais deprimida, o que faz pontas de rochas surgirem à toa. O risco já é iminente e o barco corre perigo.

Detalhe: navegar ainda é preciso.

Essa pode ser uma simulação ou o enredo de um pesadelo que da noite para o dia mudou o cenário empresarial e econômico do Brasil. Há pouco mais de um mês, lucro fácil da ciranda financeira não ameaçava os navegantes, que então jamais se preocupavam com produtividade, eficiência e custos. Agora, com as entranhas do lago à mostra, a situação é extremamente inversa.

O pesadelo, no entanto, pode ter fim e seu antídoto é composto de dois remédios que agem em conjunto: Custos e Logística Integrada. Vejamos por que:

No Brasil de ontem, o Preço de Venda de um produto era igual ao seu Custo mais o Lucro. Ou: PV= C + L.

No mundo desenvolvido de hoje, os termos da equação estão em posição diferente: o Custo é igual ao Preço de Venda menos o Lucro. (C= PV – L) isto quer dizer que o mercado estabelece o preço de venda, e o empreendedor o lucro que quer ter. Como o preço de mercado é limitado pelo preço de concorrência, só existe a saída de trabalhar na ponta dos custos.

Foi assim que o Japão ganhou o mundo no inicio da década de 50, quando investiu muito em redução de custos e fez surgir o conceito de produtividade x qualidade. Conseguiu qualidade e preço baixo e o resto da história todos conhecem.

Administrar essa nova realidade brasileira é um joga de dominó feito sob medida para a Logística Integrada, ferramenta que, na verdade, pode ser entendida também como a Logística do Lucro.

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Matéria O ESTADO DE SÃO PAULO -26/06/1990